Já imaginou ter um assistente que pode te ajudar a fazer as suas pesquisas científicas ou acadêmicas – como projetos de pesquisa, monografias, artigos científicos, TCCs de diversos formatos, teses e dissertações? E esse assistente pessoal seria capaz de buscar, analisar e gerar informações com relevância acadêmica e social para o seu tema de pesquisa? E ainda preparar tudo isso com textos de qualidade, originais e dentro das normas para a sua pesquisa?
Pois é, já existe. Talvez você já saiba disso, não é?
Esse assistente – o ChatGPT – é apenas uma das novas ferramentas de inteligência artificial (IA), que foi lançado em 2022 e desde então vem causando furor e anunciando grandes transformações na indústria de tecnologia.
E não somente nestas áreas!
Mas, o que o ChatGPT tem a ver com a elaboração de pesquisas acadêmicas e científicas?
- Será que ele pode ser usado como um auxílio e um suporte para os pesquisadores de forma ética?
- Ou será que ele pode representar uma ameaça à integridade acadêmica, à originalidade da pesquisa e à autonomia dos pesquisadores?
Essas são algumas das questões que vamos discutir neste texto.
O nosso objetivo é refletir sobre o uso da IA – e do ChatGPT – na elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos. E após trazer alguns pontos, vou dar minha opinião – como professor – a respeito deste tema ainda polêmico, diante de sua brevidade.
Para isso, vamos trazer informações sobre seguintes subtítulos.
- A IA como auxiliar na idealização de uma pesquisa: possibilidades e desafios
- O ChatGPT como elaborador e editor de conteúdo para uma pesquisa: benefícios e limitações
- Perspectivas ou tendências do uso da Inteligência Artificial na construção de Pesquisas Acadêmicas e Científicas
- Ética no uso da IA como ferramenta de pesquisa
- Quais são os riscos de um uso inadequado ou abusivo das ferramentas de IA?
- Opinião: a Inteligência Artificial traz novas responsabilidades para a educação e para a pesquisa científica e acadêmica
Esperamos que este texto seja provocativo para você. Que te faça pensar sobre o papel ético e a responsabilidade que devem nortear o seu uso.
E você, o que pensa sobre esse tema?
Já usou ou pretende usar o ChatGPT em seu estudo científico ou acadêmico?
Acha que ele pode ser um aliado ou um inimigo dos pesquisadores?
Te convidamos a participar da discussão deixando seu comentário ao final. Contamos com sua opinião.
A IA como auxiliar na idealização de uma pesquisa: possibilidades e desafios
A idealização de uma pesquisa, o pensar um projeto de pesquisa, é o primeiro e mais importante passo na elaboração de uma investigação acadêmica ou científica.
Disso você já tem ideia, certo?
É nessa etapa que se definem o problema, os objetivos e os outros pontos que estruturam seu tema e pesquisa.
É aí que entram a IA (Inteligência Artificial) e o ChatGPT de forma eficiente, criativa e podemos acrescentar: fabulosa!
Se você ainda não está familiarizado(a), saiba que o ChatGPT pode ajudar na busca, seleção e análise de informações relevantes para a pesquisa, otimizando (muito) o tempo e a qualidade do trabalho.
Mas claro, com as devidas limitações e necessidades de revisão e confirmações.
Quer um exemplo?
Imagine que você pensa em fazer uma monografia ou um artigo científico sobre os efeitos da pandemia de Covid-19 na saúde mental das pessoas.
Um exemplo básico, mas serve para a gente aqui!
Você pode solicitar para o ChatGPT encontrar as fontes mais confiáveis, atualizadas e pertinentes sobre esse tema, como artigos científicos, relatórios oficiais, dados estatísticos, etc.
Você terá muitas respostas.
E as limitações e revisões?
Pois é, o ChatGPT ainda (até o momento da escrita deste texto) não está online e atualizado, você deve saber.
Mas isso deve ser por pouco tempo.
E é realmente necessário verificar a fidelidade das informações.
Mas a ideia aqui não é apontar as limitações, certo? Na verdade, queremos somente apresentar seu potencial.
Vamos seguir em frente com o raciocínio.
Você também pode usar a Inteligência Artificial do ChatGPT para:
- analisar essas informações,
identificar as tendências,
encontrar lacunas,
descobrir contradições e as oportunidades de pesquisa, etc
Bom, isto sim é uma potência.
Quanto tempo você usaria para elaborar estes tópicos?
E tem mais.
O ChatGPT também pode ajudar na geração de hipóteses e questões de pesquisa, estimulando a criatividade e o raciocínio crítico.
Você pode usar a Inteligência do ChatGPT para gerar perguntas que orientem o seu trabalho científico.
Quer exemplos?
- Quais são os principais fatores que influenciam a saúde mental das pessoas durante a pandemia?
- Como esses fatores variam de acordo com o gênero, a idade, a classe social, etc.?
- Quais são as estratégias mais eficazes para prevenir ou tratar os problemas de saúde mental causados pela pandemia?
Ah, não gostou de nenhuma? Peça outras perguntas de pesquisa.
Peça para ajudar na escolha da metodologia, os instrumentos de coleta de dados, etc.
Agora você percebe o suporte da ferramenta?
Como você pode ver, a IA pode ser usada como ferramenta de auxílio e suporte na idealização de um estudo acadêmico ou de um ensaio científico, facilitando e agilizando todo o processo.
Mas será que a Inteligência Artificial, através do ChatGPT pode gerar conteúdo original e coerente para a sua pesquisa?
O ChatGPT como elaborador e editor de conteúdo para uma pesquisa: benefícios e limitações
Vimos como a Inteligência Artificial (e o ChatGPT) podem auxiliar na idealização de uma pesquisa acadêmica ou científica. Mas… eles também podem gerar a pesquisa em si?
Existem limitações?
São conteúdos originais e coerentes?
Vamos por partes.
Um dos benefícios do uso do ChatGPT na escrita de trabalhos acadêmicos e científicos é que eles podem gerar conteúdo de forma rápida, fácil e personalizada.
Tudo claro até agora, certo?
Quer um artigo científico sobre os impactos da pandemia de Covid-19 na educação?
Um texto que siga as normas e os critérios acadêmicos e científicos, como a ABNT?
Um texto que se adapte ao seu estilo de escrita?
Sim, é possível: você pode escolher o nível de linguagem, o tom, a estrutura, o formato, etc. Você pode até enviar um exemplo de sua escrita para que haja uma referência para que o ChatGPT se baseie.
Entende como a questão é a maneira de pedir o que se quer?
E tem mais, esse conteúdo é original (sem plágio)?
A resposta é sim e não.
Sim, ele reescreve tudo o que sabe (a partir de seu banco de informações), tornando o texto original. E não, ele pode parafrasear um autor, um artigo, uma matéria jornalística sem citá-la.
Ah, e ele pode inventar citações, fique esperto(a).
Vou te dar um exemplo de suas limitações e desafios.
Eu mesmo solicitei um artigo de divulgação científica, publicado, para ter como exemplo. Como resposta obtive o resumo do texto supostamente publicado e o link da publicação.
Ao verificar o link, o mesmo não existia.
Quer outro exemplo real?
Tenho uma irmã: sobrenome Frossard. Perguntei se o ChatGPT a conhecia, e apesar da resposta vir do ChatGPT com certa ressalva, ele apresentou informações de uma juíza com o mesmo sobrenome. Talvez você a conheça, mas não é minha irmã.
Fica claro, que ao menos por enquanto, um dos desafios é garantir a qualidade e veracidade do conteúdo gerado pela IA.
- Como saber se o conteúdo gerado pela IA e pelo ChatGPT é confiável, válido e original?
- Como evitar o plágio ou a cópia indevida do conteúdo gerado pela IA e pelo ChatGPT?
- Como citar ou referenciar o conteúdo gerado pelo ChatGPT em uma pesquisa?
Estes limites da ferramenta, certamente serão superados em breve e estas análises que “diminuem” sua credibilidade desaparecerão ou não serão pontos tão importantes de análise e aceitação, concorda?
Antes de apresentar minhas opiniões, já é possível levantar alguns pontos para você ir pensando em sua participação nos comentários:
- É necessária a supervisão humana no uso do ChatGPT (e qualquer outra ferramenta de Inteligência Artificial) na elaboração de uma pesquisa acadêmica ou mesmo científica (TCC, monografia, artigo científico, tese, dissertação, etc).
- Ainda são primordiais os papéis do pesquisador, do orientador ou do revisor.Como garantir que a Inteligência Artificial respeite os princípios éticos da pesquisa?
- Como fica a violação de direitos autorais?
- Segurança e privacidade (ou da acessibilidade) das informações ou dados usados para gerar o conteúdo? São compartilhados?
Prós e contras a pensar, não é?
Como você pode ver, a Inteligência Artificial e o ChatGPT como uma ferramenta de IA podem trazer boas contribuições para o conhecimento. Podem facilitar e melhorar a elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos.
E com as futuras melhorias, a tendência é que a Inteligência Artificial esteja cada vez mais presente nas pesquisas.
Vamos pensar em mais perspectivas e tendências?
Perspectivas ou tendências do uso da Inteligência Artificial na construção de Pesquisas Acadêmicas e Científicas
Vamos começar com uma pergunta simples: quais são as perspectivas ou as tendências do uso dessas ferramentas na academia?
Mais que isso.
O que podemos esperar (ou desejar) para o futuro da pesquisa e geração de conhecimento com o apoio da Inteligência Artificial?
Na verdade, não vamos prever muitas coisas aqui, mas podemos apontar o que brevemente veremos nas pesquisas, revistas e repositórios.
Uma das possibilidades, é o uso do ChatGPT para gerar não apenas o texto de sua pesquisa, de seu artigo científico, de sua monografia, tese ou dissertação, mas também outros tipos de conteúdos:
- gráficos,
- tabelas,
- figuras,
- resumos,
- citações, etc.
Imagine que você quer apresentar os resultados de seu artigo científico em um congresso ou em uma revista.
- Você pode usar outras ferramentas de IA – que não o ChatGPT -, para gerar gráficos que ilustrem os dados da sua pesquisa de forma clara e atraente.
- Usar o ChatGPT para gerar as tabelas que sintetizam as informações mais importantes.
- Você ainda pode usar outras ferramentas de IA para gerar imagens de forma criativa e didática.
Uma segunda possibilidade é adaptar sua pesquisa aos diferentes formatos, canais ou públicos da pesquisa.
Imagine que você quer divulgar a sua pesquisa para diferentes públicos:
- acadêmicos,
- profissionais,
- estudantes, e
- Leigos no assunto de seus estudos.
Seu desejo é uma ordem. Só saber pedir.
Você pode usar o ChatGPT para gerar conteúdo que se adapte (linguagem, tom, estilo, etc) ao propósito de cada público.
Quer tornar seu artigo científico ainda mais acessível?
Você também pode pedir para reformulá-la a diferentes formatos: artigo acadêmico para um jornal ou revista, livros, podcasts, vídeos, blogs, redes sociais, etc.
Consegue perceber o benefício e amplitude deste conhecimento?
Essas são algumas das poucas possibilidades que vamos perceber com o uso da IA na elaboração (e disseminação) de trabalhos acadêmicos e científicos.
E agora o ponto que não pode faltar em nosso artigo de hoje.
Mas quais são os desafios ou as questões de integridade que ainda precisam ser resolvidos ou aprimorados nessa área?
Como garantir que o uso da Inteligência Artificial seja seguro, ético e responsável?
Que seu uso não comprometa a qualidade ou a originalidade da pesquisa?
Como garantir que suas respostas não excluam ou discriminem nenhuma voz ou ponto de vista na pesquisa?
Essas são algumas das questões que ainda precisam ser discutidas e enfrentadas nessa área. Vamos pensar isto juntos abaixo?
Ética no uso da Inteligência Artificial como ferramenta de pesquisa
Ética, honestidade, integridade, originalidade. Como você vê o uso das ferramentas de Inteligência Artificial para uso acadêmico e científico?
Vamos complicar um pouco as coisas antes de começar?
Como usar essas ferramentas de Inteligência Artificial de forma ética na elaboração de pesquisas acadêmicas e científicas?
Quais os princípios e os valores que devem nortear o uso dessas ferramentas?
Quais os riscos ou as consequências de um uso inadequado ou abusivo dessas Inteligências?
É possível usar essas ferramentas de forma transparente e verdadeira, sem enganar ou iludir o leitor ou o avaliador da pesquisa?
Certamente existem mais perguntas em sua mente, correto?
Se você usar o ChatGPT (ou outra ferramenta de Inteligência Artificial) para gerar conteúdo para a sua pesquisa, como você pensa deixar claro seu uso no trabalho? Indicando quais partes foram geradas por essas ferramentas e quais foram escritas por você?
Como a academia vai receber – em breve – uma pesquisa com referência do ChatGPT?
Por um outro olhar, é possível usar essas ferramentas de forma cuidadosa e criteriosa – como um suporte -, verificando a qualidade e a validade do conteúdo gerado por essas ferramentas.
Você deve revisar, comprovar e corrigir o conteúdo gerado por essas ferramentas, garantindo que ele seja coerente, relevante e original. Esse é o papel do pesquisador que usa a Inteligência Artificial.
E a integridade?
A integridade significa usar essas ferramentas de forma respeitosa e justa, como um PONTO DE PARTIDA, sem violar ou comprometer os valores ou os objetivos da pesquisa. Usando-as de forma coerente com a sua área de conhecimento, com a sua metodologia e com a sua tese.
Também de forma inclusiva e representativa, considerando as diferentes vozes e pontos de vista envolvidos no que pesquisa para seu trabalho.
E tudo isso, caro leitor, precisa do olhar do pesquisador. Sem isso, a pesquisa pode se tornar parcial, tendenciosa ou preconceituosa se depender somente de respostas não avaliadas por parte do autor.
Quais são os riscos de um uso inadequado ou abusivo das ferramentas de IA?
Sem uma supervisão do pesquisador, existem riscos ou consequências do “uso abusivo” das ferramentas de IA. Diante do que foi apontado acima, podemos destacar:
- Violação dos direitos autorais ou da propriedade intelectual – Ao usar conteúdo gerado pelo ChatGPT sem citar ou referenciar as devidas fontes ou os dados usados por essas ferramentas você pode sim estar cometendo plágio. E isto é bem importante ter em mente, pois o ChatGPT, por exemplo, não cita fontes.
- Falsificação ou manipulação dos dados, ou informações errôneas – Acontece com certa frequência de o ChatGPT gerar conteúdos solicitados que não corresponda total ou parcialmente à realidade, ou que distorça os fatos ou as evidências. Imagine usar estes materiais sem devida auditoria do pesquisador. Pode ser bastante problemático e até invalidar sua pesquisa.
- Perda da credibilidade e confiabilidade da pesquisa – Um conteúdo que foi gerado de forma incoerente, irrelevante ou plagiado por Inteligência Artificial, ter seu uso sem confirmações por parte do autor, pode resultar em pesquisas sem validade.
- Exclusão ou a discriminação de algum ponto de vista importante – tenha bastante cuidado com conteúdos parciais, tendencioso ou preconceituosos em sua pesquisa. Vá além das respostas. Tome-as como ponto de partida, mas não um fim.
Planejar e elaborar pesquisas por meio do ChatGPT ou outra ferramenta de Inteligência Artificial requer ética e responsabilidade por parte do autor/pesquisador.
As IAs podem ser usadas como ferramentas de auxílio e suporte, mas nunca devem substituir o papel do pesquisador, do orientador ou mesmo do revisor.
Bom, agora que você já tem alguns parâmetros e deve estar com a mente borbulhante de questões, vamos seguir com minha conclusão e opinião, que podem ser diferentes da sua.
Opinião: a Inteligência Artificial traz novas responsabilidades para a educação e para a pesquisa científica e acadêmica
Apresentamos o texto acima pontos do uso da Inteligência Artificial, e claro, do ChatGPT como o principal precursor na elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos.
Vimos como o ChatGPT pode e tem sido usado como auxílio e suporte na idealização, na elaboração e na comunicação de pesquisas.
Vimos também que o ChatGPT traz benefícios e ainda limitações, que ao passar do tempo tendem a serem superadas.
Apontamos também a importância da ética e responsabilidade no uso das IAs.
Agora, como professor e orientador de pesquisas, gostaria de pontuar e compartilhar com você – meu caro leitor -, minha opinião sobre o tema.
Já fiz algumas reflexões e testei bastante do ChatGPT para entendê-lo. Tenho acompanhado alunos e professores do meio acadêmico para levantar esta opinião, que segue.
Acredito que a Inteligência Artificial (e o ChatGPT) podem e devem ser usados no pensar, no criar e elaborar trabalhos acadêmicos e científicos. E isto nos apresenta novos desafios.
São novas responsabilidades e supervisões constantes. Garantir a qualidade e a autenticidade da pesquisa é sim um novo papel para o pesquisador.
Na verdade, a Inteligência Artificial nos chega como um desafiador. Nos obriga a repensar, não somente a pesquisa acadêmica e científica, mas rever a educação num contexto geral. Tamanha abertura de possibilidades exige novas maneiras de educar.
Sinceramente, seria ignorância – no original sentido da palavra – fechar os olhos e negar sua presença e tamanha transformação. Assim como seria bobagem ficar agarrado aos limites temporários do ChatGPT em particular, para justificar o não uso.
Particularmente, acredito que em um futuro próximo teremos pesquisas científicas e acadêmicas com referências de uso do ChatGPT. Mas também teremos casos de instituições e revistas científicas com normas próprias, contra ou a favor do uso da Inteligência Artificial.
É necessário ao pesquisador a honestidade de saber que são ferramentas complementares e não substitutas do trabalho e pensamento humano.
Sim, elas são pontos de partida que podem contribuir para o avanço e compartilhamento do conhecimento: para a inovação científica e para a melhoria da educação. Mas claro, se usadas com critério, responsabilidade, transparência e integridade.
Quem usa o ChatGPT com este cuidado ético entende quão poderosa é a ferramenta. Percebe a gama de possibilidades que se abrem para um mesmo tema com infinitas abordagens. E então sim, a ferramenta é um incrível ponto de partida.
Você deve saber que professor aprende muito quando ensina, correto? Na elaboração deste texto também percebi o quanto a Inteligência Artificial pode trazer de benefícios para a divulgação do que é gerado como conhecimento.
Para pesquisadores, elas facilitam e agilizam processos.
Para leitores, para a academia, para a comunidade, essas ferramentas podem proporcionar conteúdos acessíveis, que estimulem a curiosidade, o aprendizado e a reflexão de vários públicos.
Será que não está aí uma das transformações vindas da Inteligência Artificial para a educação?
Chegamos a um ponto desta opinião, onde surge a pergunta:
Como garantir que o resultado (da produção acadêmica e científica) seja fruto do pensamento crítico e criativo do pesquisador e não apenas da reprodução automatizada da IA?
Não há meus caros, uma resposta única ou definitiva para ela, mas sim algumas orientações que podem ajudar os pesquisadores a fazerem um bom uso da ferramenta – já expostas no texto acima – que resumo abaixo.
As ferramentas não podem substituir o raciocínio lógico, a análise e a argumentação do pesquisador
É fundamental que o pesquisador faça uma análise crítica das fontes, dos autores, das datas e dos contextos das informações, e que as compare com outras evidências e referências.
O ChatGPT pode gerar textos originais, mas também pode copiar ou parafrasear textos já existentes e não expor suas fontes. Por isso, é importante que o pesquisador cite as fontes que usou, que indique as aspas quando fizer citações diretas e que não plagie ou falsifique dados ou resultados.
Também é necessário que o pesquisador tenha consciência dos possíveis vieses e preconceitos presentes na IA e que os evite ou os denuncie.
Essas são algumas das orientações desenvolvidas do curso do texto, que eu considero importantes para o uso do ChatGPT e da Inteligência Artificial na elaboração de pesquisas acadêmicas e científicas.
Cabe ao pesquisador saber usar o ChatGPT como um ponto de partida e não como um ponto final. Cabe ao pesquisador ter a honestidade de reconhecer os limites e as possibilidades da ferramenta e de si mesmo.
E você, caro leitor, o que pensa sobre esse tema? Você já usou ou pretende usar o ChatGPT na sua pesquisa? Você concorda ou discorda das minhas orientações? Deixe seu comentário e vamos continuar essa conversa.
Obrigado pela sua atenção e até a próxima!